O que em mim ficou desarrumado

Olá!!

Dois blogs é "trabalho" a dobrar, mas é também prazer a dobrar.
Para já, faço convosco, leitores, um pacto:
Vou tentar manter independentes os temas tratados num lado e noutro. Evitarei repetir o mesmo assunto, o mesmo tema. Trata-se de dois espaços com espíritos diferentes, que devem ser respeitados.

Assim, aqui continuarão os esquissos de prosas e de poesias, a Lisboa e os outros amores.
Lá, ficam os debates da Liberdade.

Feita a ressalva, aqui deixo o rascunho de hoje.

Um leitor-amigo perguntou-me se não escrevo poesia... e acabámos a trocar poemas.
Escrevo pouca poesia, é certo. Mas, para testar reacções, hoje tirei este esquisso de soneto do baú e publoguei-o!

Espero que também gostem!


O que em mim ficou desarrumado

Arrumei, outrora, um pecado meu
como costumo arrumar tudo mais.
Pensei, naquela altura, que jamais
abriria esse armário cor de breu.

Enganei-me. A vida prega, afinal,
estas partidas: remexe gavetas,
abre memórias, cava valetas.
Apunhála-nos de forma brutal.

P'ra já, vem de mansinho e com balelas.
Ilumina esquinas em tons dourados,
leva-nos a esquecer erros passados

E pinta-nos miríades de telas.
Depois, apaga a luz e o triste fado
mostra o que em mim ficou desarrumado.

(c) Dulce Dias – 1998-09-09

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