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Já elegeu os seus eurodeputados?

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As eleições para o Parlamento Europeu decorrem este domingo. Não se esqueça: vá votar! Saiba tudo sobre as eleições europeias no site oficial do Parlamento Europeu ou na EuroNews .

Morreu Sousa Franco

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Assim, de um momento para o outro, no meio de uma campanha eleitoral, Sousa Franco, o cabeça de lista dos socialistas faleceu. E fico a pensar como nada na vida é garantido...

Les maisons vides

J'ai toujours aimé les maisons vides. J'ai toujours aimé les maisons pauvres, dépourvues de meubles et de confort. Je me souviens encore du jour où je suis rentrée dans notre nouvelle maison à Porto Alto. Elle venait d'être bâtie par mon propre père. Mais elle n'était encore finie. Ma petite chambre n'avait toujours pas de fenêtre. Une brique de moins, ouverte sur les champs, sur le marécage, la remplaçait. Le soir, la brique en position, la fenêtre se fermait. C'était ma première chambre à moi. J'avais 11 ans et j'en étais ravie. Cette pauvreté fut, pour moi, le symbole de ma liberté. La liberté de posséder ma propre chambre. C'est peut-être à cause de ça que je m'en souviens encore, que ça me fait toujours des frissons d'y penser. Un autre souvenir que je garde encore c'est celui de mon premier appartement. Mon appartement de rêve, duquel je rêve encore. Il était petit et mignon ; il avait du cachet. Ses fenêtres s'ouvraient sur le

Massacre em Madrid

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O mundo civilizado e solidário está, uma vez mais de luto!!! Em Madrid, 200 pessoas morreram e mais de 1500 ficaram feridas, numa série de atentados, como sempre, sem explicação... ******* ******* ******* ******* Aproveito para agradecer à poetisa Pérola Neggra pelos esclarecimentos sobre o seu belo poema Meu nome é Mulher , aqui publicado em Janeiro último, mas na altura com a indicação de Autor desconhecido. Agora já não o é. Corrigi também as partes do poema que não estavam correctas. À autora, as minhas desculpas e o meu agradecimento.

Pequeno-almoço na FNAC

(Aqui vai mais um texto meu, repescado do baú das recordações. Foi escrito subitamente no Verão passado e é mais uma homenagem ao Gato da minha vida... ) Pequeno-almoço na FNAC Chaussons aux pommes ou talvez não. Sumo de laranja certamente. E um café. Curto. Eram oito e meia da noite e estávamos a tomar o pequeno-almoço. Naquele sábado sem história, ríamo-nos do mundo e dos outros. Rodeados de livros e discos, sentados nos bancos altos à volta da pequena mesa preta e redonda, éramos felizes. Ao nosso redor, outras gentes, outras vidas passavam com ar atarefado. A noite aproximava-se mas, para nós, o dia acabara de começar. Porque a noite fora longa e terminara à hora a que as convenções dizem ser do jantar. Mas nós alimentávamo-nos de amor e de desejo. Rebolávamos na cama como gatos, ronronávamos palavras de amor e amávamo-nos. Ríamo-nos sem razão, porque basta amar para ser feliz. Estávamos no centro de Lisboa, mas sentíamo-nos no mais longíquo deserto, porque o nosso mundo éramos nós

World Press Photo de 2003

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E, como não podia deixar de ser, a World Press Photo de 2003: Um prisioneiro de guerra iraquiano conforta o filho. A fotografia foi tirada pelo francês Jean-Marc Bouju (da Associated Press ) a 31 de Março, perto de Najaf.

Olá, de novo, amigos.

Cá estou eu tentando manter alguma actualização do Esquissos, apesar de o meu computador estar completamente "pifado"... O que significa que, infelizmente, pouco tenho também navegado por outros blogs. No entanto, descobri que o Mar português está de volta! Bem-vindo sejas. Esta e outras novidades nos Links que recomendo.

Meu nome é Mulher

Olá amigos! Antes de mais (e apesar do atraso), desejo um FELIZ 2004 para todos. A minha ausência e a desactualização do Esquissos deve-se, uma vez mais, ao meu querido computador, que resolveu avariar-se de novo... Para inaugurar o ano, aqui fica uma pequena homenagem a todas as mulheres que, estou certa, os homens de boa vontade saberão também apreciar. Meu nome é Mulher No princípio eu era a EVA Nascida para a felicidade de Adão E meu paraíso tornou-se trevas Porque ousei libertação. Mais tarde fui MARIA Meu pecado redimiria Dando à luz aquele que traria a salvação Mas isso não bastaria Para eu encontrar perdão. Passei a ser AMÉLIA A mulher de verdade Para a sociedade Não tinha a menor vaidade Mas sonhava com igualdade. Muito tempo depois decidi: Não dá mais! Quero a minha dignidade Tenho meus ideais! Mas o preconceito atroz Meus 129 nomes queimou. Então o mundo acordou Diante da chama lilás! Hoje não sou só esposa ou filha Sou pai, mãe, arrimo de família Sou ourives, taxista, pilo

Post achado não é roubado

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Achei no Just like Heaven

Devaneio

Recebi de um ciberamigo e, com a devida autorização do mesmo, passo a pu blog ar, pois gostei tanto que quero partilhar com os outros leitores do Esquissos... Devaneio É noite. Sentado à minha mesa, penso em ti. Vejo-te a passos leves, Atravessar a rua, Pegar na mala, Tomar o trem. Mas a tua imagem continua, num vaivem. Lá fora, um cão ladra à minha janela. Será que também te vê passar?! Não. Apenas ladra p'ra me despertar. (c) João Norte

Celebramo-nos na noite

Celebramo-nos na noite no momento em que o dia é mais fértil, na hora em que os amantes se acordam para voltarem, depois, a se adormecerem. Celebramo-nos na noite feita madrugada, aurora para acordarmos mais tarde com um sorriso de sol e de dia. Celebramo-nos na noite e fazemos do piar das corujas a melodia da repetição do rito do nosso amor. Celebramo-nos na noite na noite dos sonhos na noite das trevas na noite da fantasia ou na noite de luar. Celebramo-nos na noite em carícias, em beijos, em ternuras murmuradas no silêncio e em gemidos de pecados venais. Celebramo-nos na noite para que em cada manhã que dia a dia se despenteia possamos celebrar o mel da vida. (c) Dulce Dias - 1999-04-17

A Portuguesa

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E porque hoje é dia 5 de Outubro... Viva Portugal! Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória! Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar! Desfralda a invicta Bandeira, À luz viva do teu céu! Brade a Europa à terra inteira: Portugal não pereceu Beija o solo teu jucundo O Oceano, a rugir d'amor, E teu braço vencedor Deu mundos novos ao Mundo! Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar! Saudai o Sol que desponta Sobre um ridente porvir; Seja o eco de uma afronta O sinal do ressurgir. Raios dessa aurora forte São como beijos de mãe, Que nos guardam, nos sustêm, Contra as injúrias da sorte. Às armas, às a

Saudade

Foi a 3 de Outubro de partiste. Na minha ingenuidade, acreditava que voltarias no final do dia. Mas o dia acabou-se e tu não voltaste. A noite caiu. E eu comecei a sentir uma angústia e uma preocupação crescentes - embora na altura não soubesse ainda nomear os sentimentos que me assaltavam.  Não queria ir deitar-me sem que tu chegasses. Tinham passado o dia todo a dizer-me que não virias. Mas à hora de recolher aos lençóis e aos sonhos, tentaram convencer-me que o melhor era dormir. Que tu chegarias certamente mais tarde. Que estarias, talvez, a fazer serão. O cansaço e a angústia venceram-me. Acabei por encontrar-me com os anjos e dormir.  Não. No dia seguinte, quando a manhã me trouxe de volta ao mundo dos vivos, não tinhas voltado. Nem voltaste nesse segundo dia, nem no terceiro, nem no quarto... Passaram-se meses e meses até que tu, Pai, regressaste. Da Holanda, para onde tinhas emigrado.  Foi há exactamente 30 anos. Eu tinha três - e aprendi cedo o significado e a dor encerrados n
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A vertigem voraz da vida

Avisaste-me de antemão que não sofresse.  Desculpa-me se não soube seguir o teu conselho.  Eu vivo a vida assim: intensamente.  Expludo-me em miríades de luz e, depois, dilacero-me em pedaços de trevas lançados de mim.  É a única forma que conheço de viver.  Não sei evitar o sofrimento nem a dor.  São sempre o colmatar do meu prazer.  Mas, Deus!, não me impeçam de sentir o sabor, todo o sabor da Vida.  Porque a Vida é um vendaval vadio.  E eu vou no Tornado, no Furacão.  Não me ponham travões nem me peçam para reduzir a velocidade.  Não me impeçam de sentir a vertigem voraz de viver a Vida intensamente.  (c) Dulce Dias - 1999-05-10

De como os portugueses sabem viver a vida ou a frigidez francesa

Passados os choques iniciais da chegada a Lyon, começo - mais de um mês depois - a usufruir da vida francesa. De tal forma que ganhei coragem para me meter sozinha num TVG e partir de Lyon à descoberta da Cidade-Luz - que já me disseram ser escura e sombria.  De Lyon, ainda conheço pouco. Falta-me um rio com a dimensão do Tejo para me orientar. O Ródano e a Saône não se comparam com o lar das Tágides - nem em dimensão nem em cor.  Enlameados e encurralados, correm um para o outro com uma celeridade tal que envergonharia os amantes mais sôfregos.  O meu Tejo, pelo contrário, reserva-se o tempo de se espraiar, deleitando-se no sopé das várias colinas de Lisboa, que beija com a sua língua cor de céu.  Lisboa tem sete colinas; Lyon, apenas duas - a que reza e a que trabalha -, orgulho dos leoneses. Lisboa é uma mulher voluptuosa; Lyon é um ente andrógino e escorrido.  Ao clima incerto da região - ora gélido e cortante, ora abrasadoramente sufocante -, junta-se uma população burguesa e fria

Estou triste...

Faleceu a mãe de uma das minhas melhores - e mais antigas - amigas...  E eu estou em França, sem poder dar-lhe um ombro onde chorar...  Força, Sandra. Amo-te.

Lyon, essa desconhecida da qual me aproximo a medo

É Agosto e chove. A manhã acordou-me sob uma chuva miudinha e certinha que o sol em breve afastou. É assim o Verão em Lyon. Não temos consciência dele. Sucede-se em vagas sufocantes a dias diluvianos.  Um pouco como os meus estados de espírito. O sol que agora se vê aquece-me a alma ainda há pouco gelada.  Nutro por Lyon um misto de amor-ódio, tal como o que  Cascais me desperta. Não consigo apaixonar-me por esta cidade como outrora me apaixonei por Bordéus. Talvez porque a idade seja outra e eu exija mais antes de entregar-me. Ou talvez porque Bordéus seja realmente mais calorosa e acolhedora do que Lyon. Ou então fui eu que criei outras raízes em Portugal e sinto mais a saudade do que a sentia há oito anos.  O certo é que Lyon ainda me é uma desconhecida da qual me aproximo a medo.  (c) Dulce Dias -  Crónicas Leonesas  - 2002-08-24 

Confluência

Fui lá. Lá onde a terra acaba e o rio começa e eu nunca tinha imaginado como seria.  É um local único, onde o sol se abate sobre a relva e o olhar se estende sobre o azul que desce para Sul.  Sem sobressaltos, é um rio que se esvai noutro rio e que, no momento, são já só um. Dois amantes em sintonia perfeita, dois corpos liquefeitos que se repousam um no outro e cujos limites perdem a razão de ser.  Ali, na confluência da Saône com o Ródano, a Presqu'Ile não é mais do que uma língua que acaricia aquele corpo único que naquele mesmo local se forma. O rio tem então o ar de dois amantes enlaçados no repouso sucede à fruição.  As margens, de contornos suaves e doces curvas, lembram ancas femininas. A ondulação que vem beijar a terra é como uma mão masculina que acaricia os cabelos da amada.  Sobre eles, abate-se um sol morno e tímido de começo de Primavera com uma luz velada e amorosa.  É uma perfeição talhada por mãos humanas mas que finge ter sido feita assim pela Natureza. Como uma

Blogo

É um apontador de blogs portugueses - a descobrir um por um... Parabéns ao Posto de Escuta, sempre atento à vida na blogosfera...